ACIAP ajudou o comércio reabrir mais cedo
sexta, 24 de abril de 2020
“Atuação da ACIAP em defesa dos lojistas foi fenomenal”, diz promotor
Paranavaí foi uma das primeiras cidades a flexibilizar às medidas de isolamento social, graças a participação da entidade no COE
Paranavaí completa nesta sexta-feira (24)15 dias de reabertura do comércio, que ficou fechado 19 dias, por conta do decreto municipal que promoveu o isolamento social, para evitar a propagação do novo coronavírus, o Covid-19. É uma situação bem diferente de cidades do seu porte e até maiores, como Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Curitiba e Cascavel, que só esta semana começaram a flexibilizar as determinações de isolamento social, permitindo a abertura de alguns setores da economia.
A flexibilização precoce das medidas de isolamento social em Paranavaí foi respaldada pelo Comitê de Operação de Emergência (COE), que tem a participação de órgãos governamentais e não governamentais, inclusive profissionais de saúde. A Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP) tem assento no COE, representou seus associados nas discussões e teve papel “fenomenal” na defesa dos empresários”, segundo o promotor Francisco Ilídio Hernandes Lopes, da Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Paranavaí, que também participa do Comitê.
O gerente-executivo Carlos Henrique (Kaká) Scarabelli representa a ACIAP e avalia que esta flexibilização provou que “a nossa classe empresarial é um bom exemplo de responsabilidade e dedicação. Enquanto muitos municípios só conseguiram agora retornar gradativamente as suas atividades econômicas, conseguimos mostrar que ter o compromisso com a responsabilidade e cuidado com o nosso cliente está acima de tudo”.
Em entrevista à uma emissora de rádio, esta semana, o promotor Francisco Hernandes retratou a atuação da ACIAP na defesa dos interesses econômicos e reconheceu a importância do papel da entidade.
Falando especificamente sobre questões econômicas à emissora, o representante do Ministério Público (MP) argumentou que o COE acertou nas medidas de fechamento e depois de abertura do comércio. “Temos lá (no COE) o representante da ACIAP, o Kaká. Em toda a reunião, ele apresentou esse quadro, nos atualizou e a atuação dele, em defesa dos comerciantes, dos empresários de Paranavaí, foi fenomenal, inclusive e, até em momentos mais críticos, de pânico da doença, ele sempre se posicionou trazendo dados e por intermédio dele e outras lideranças do COE foi criado o COE Econômico”, disse ele.
De acordo com Hernandes, o COE Econômico é “um grupo que só discute questões da economia. Como a gente resolve esse problema? Como retoma (as atividades)? De que forma? O quê (que tipos de empresa)? O trabalho desse COE tem sido sensacional, porque nós nos antecipamos em várias medidas”.
O representante do MP disse que, diante da polarização que a pandemia provocou no país, “tentamos criar um caminho”. O caminho foi a paralisação das atividades econômicas “já no começo da crise”, mantendo-se apenas as essenciais.
Na entrevista, ele admite que a decisão de retornar as atividades foi tomada “com muito medo, por conta da violência desse vírus e seus efeitos na região. Mas isso foi debatido. Nós temos esta consciência”. Hernandes anunciou que a experiência do COE e do COE Econômico permite agora um novo passo. “Estamos em via de criar e instituir o COE Social, que é um grupo para discutir só questões sociais, de como podemos mitigar esta questão de quem vai perder o emprego, de quem vai ter que se recolocar no mercado, de quem está em busca de auxílios e benefícios, quem tem interesse de doar, de auxiliar e assim por diante”.
SERENIDADE - Para o presidente da ACIAP, Maurício Gehlen, “é animador saber que a conduta do representante da entidade no COE está sendo reconhecida”. Segundo ele, desde que o vírus chegou ao Brasil, a ACIAP tem procurado agir com cautela e serenidade, evitando medidas radicais e tomar decisões no calor das emoções.
Gehlen disse que Kaká Scarabelli levou para o COE posições amadurecidas pela diretoria da entidade. “Eu sei que a entidade foi criticada, que muitos não entenderam nossa postura de respeito a vida e até houve qualificações que não se coadunam com a nossa história. Paciência. O tempo é o senhor da razão. E está aí o reconhecimento do promotor e, o que é mais importante, estamos completando 15 dias de retorno das atividades comerciais, enquanto outras cidades só agora começam a fazer e até aprender conosco as boas práticas que permitiram a reabertura do comércio. Nesta pandemia não tem vitoriosos, mas é reconfortante saber que trilhando o caminho da serenidade, apontando alternativas baseadas na lógica e em dados verdadeiros, saímos bem na frente que outros municípios”, arrematou o líder empresarial.
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