RATINHO JÚNIOR NA ACIAP
sábado, 28 de julho de 2018
Proposta de fazer da geração de emprego o maior programa social agrada empresários
As propostas do deputado Ratinho Júnior, candidato ao Governo do Estado, de reduzir a máquina administrativa para torná-la menos onerosa e mais ágil e eficiente, desburocratizar as atividades empresariais, transformar o capital imobilizado do Estado em recursos financeiros para atividades prioritárias, como educação, saúde e segurança, e fazer da geração de emprego o seu maior programa social, agradaram os empresários de Paranavaí. Elas foram apresentadas na tarde desta quinta-feira (26) no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), que atendeu pedido do candidato e o para ele “se apresentar ao setor produtivo”, como disse ao iniciar suas palavras.
O presidente da ACIAP, Rafael Cargnin Filho disse as que as propostas agradaram porque “quem gera mais empregos é a micro e pequena empresa, que tem que ser incentivada por programas de governo. Desburocratizar o atendimento a estas empresas já é uma grande vantagem” porque abrir hoje uma empresa “é um calvário até o empresário cumprir com toda a burocracia”.
Antes de responder as perguntas da plateia, Ratinho disse como pretende governar o Paraná caso seja eleito. Enfatizou a necessidade de valorizar quem gera riqueza, no caso “o trabalhador e o empresário que dá o emprego”. Criticou a falta de planejamento de médio a longo prazo no país e no Estado. Lembrou que países do Primeiro Mundo só alcançaram o desenvolvimento quando investiram em planejamento, estabeleceram metas e prazos para atingi-las e procuraram investir em sua vocação. “E qual é a matriz econômica do Paraná? Qual é nossa vocação? É produzir alimentos para o mundo. O Paraná agora tem que incentivar a indústria de transformação de alimentos”. Sentenciou ele.
O candidato reconheceu que o Paraná “tem um histórico de bons governadores”, mas ressaltou que nunca houve planejamento. E exemplificou: O Estado não tem e nunca teve um plano diretor de infraestrutura, que deveria contemplar projetos de ampliação de rodovias, ferrovias e portos, por exemplo. “Se o agronegócio dobra de tamanho a cada 10 anos, temos, no mínimo, que acompanhar este crescimento”, disse.
Depois de acentuar que abrir um posto de combustível pode demorar até dois anos no Paraná, Ratinho disse que “temos que facilitar a vida do empresário. O Estado deve ser ágil e eficiente”. Em seguida anunciou que em seu eventual governo o número de secretarias será reduzido das atuais 28 para “no máximo” 15.
Ratinho criticou a falta de gestão e falou de um patrimônio imobilizado que será usado em investimentos. Apontou que o Governo mantém há vários anos uma ilha em Paranaguá e uma chácara nos arredores de Curitiba “para atender o governador e sua família”, possui 36 mil hectares de reflorestamento, tem seis mil imóveis e aluga mais 1.800. Só em Curitiba o Governo paga R$ 3 milhões de aluguel por mês. “Isso é falta de gestão”, criticou
O candidato garantiu que “o Paraná tem tudo para se potencializar e, se o poder público não atrapalhar a vida de quem gera riqueza, gerar empregos para a nossa população. E não tem maior projeto social do que gerar emprego, o cidadão empregado, o jovem, o pai de família, a mãe, empregados. Este é o maior projeto social. O Paraná tem poder para ser o Estado mais forte do Brasil, temos tudo para isso. É só fazer um bom planejamento, ter uma equipe eficiente que a gente pode dar um salto de desenvolvimento”.
FIM DA LINHA - Muitas das colocação de Ratinho foi uma resposta ao presidente da ACIAP, Cargnin Filho, que, na saudação ao candidato, pediu que ele apresentasse as propostas para incentivar as empresas, especialmente as micro e pequenas que geram mais empregos. Ele contou rapidamente o que ocorreu com a economia local e regional nas últimas seis décadas e que foi testemunhada pela ACIAP.
“Paranavaí já foi uma das maiores cidades do Estado nas décadas de 50 e 60, com a madeira, com o café, enfim foi uma cidade muito pujante. Mas com o passar do tempo, começou a perder espaço dentro da economia do Estado e até chegou a ser chamada de fim da linha (...). Essa história mudou a partir da década de 90, com a diversificação da economia”, disse ele, enfatizando o trabalho das lideranças empresariais e políticas de Paranavaí. Finalizou dizendo que os empresários esperam que o futuro governador do Estado “desse continuidade nesse trabalho, olhando pela nossa região, olhando pela nossa economia e para aquilo que também é feito distante da capital”.
Após o pronunciamento de Ratinho, Cargnin avaliou como positiva as propostas do candidato. Sobre a desburocratização disse que o Governo do Estado tem um projeto para abertura de empresas através da Junta Comercial que, “no papel é uma beleza, mas na prática é um calvário para o empresário, porque ele pode demorar até 90 dias para cumprir todas as etapas”.
ABERRAÇÃO - O presidente falou também da questão do ICMS que foi abordado pelo candidato. “O ICMS retido da micro e pequena empresa é outra aberração. As grandes empresas tem controle do diferencial da alíquota. E a microempresa não consegue controlar, não tem estrutura para isso. Então acaba caindo numa arapuca e de repente o Estado manda uma notificação para ela recolher o seu ICMS. Tudo isso é questão de desburocratizar o Estado. (...) Ele falou que vai diminuir as secretarias, mas vai aumentar a eficiência e é isso que nós precisamos. Não precisamos de projeto de papel. Precisamos de projetos práticos para o pequeno empresário”, reforçou.
Sobre a possibilidade de redução de impostos acenado por Ratinho, Cargnin disse que “isto seria o céu para o empresário. Com o imposto diminuído aumentaria a geração de emprego, diminuiria a mortalidade das empresas. Mas existe uma questão de caixa do Estado, nós não temos estas informações. Mas tenho certeza, diminuindo secretarias, desburocratizando o Estado e colocando o dinheiro que está parado nos órgãos públicos, como o Ratinho falou, o equilíbrio do Estado vem e pode favorecer o pequeno empresário”.
A ACIAP vai abrir suas portas a todos os candidatos que queiram falar com seus associados.
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